Já faz algum tempo que vemos notícias do uso bem-sucedido de impressoras 3D no campo da medicina, no qual próteses e até células estão começando a ser “impressas” de forma customizada para atender as necessidades de pacientes. Entretanto, não são apenas médicos e profissionais de saúde que estão de olho nessa nova tecnologia.
Conforme as impressoras tornam-se mais baratas e rápidas, empresas de diferentes setores já começam a enxergar o potencial dessa nova forma de produzir.
Uma ideia é permitir que o cliente faça parte do processo produtivo desde o design do produto, de forma que este seja exatamente aquilo que ele necessita. No caso da produção de calçados, por exemplo, o cliente entraria em um site, inseriria as medidas exatas dos seus pés, onde estão os pontos de pressão e pronto! Seria iniciada a produção de um sapato que foi feito exclusivamente para ele.
Os mais entusiasmados com essa tecnologia já discutem um futuro no qual cada pessoa terá uma impressora 3D instalada em casa e terá sua própria “fábrica caseira”, dispensando assim a necessidade da produção em massa e da distribuição de produtos acabados.
Entretanto, da mesma forma que nem todas as pessoas tem uma horta em casa e plantam seu próprio alimento, nem todas as pessoas estarão dispostas a fabricar os bens que desejam consumir.
É avaliando essa tendência que empresas como a Mattel e a Adidas já começam a olhar para as impressoras 3D como uma forma de se diferenciar e oferecer a seus clientes produtos customizados. A UPS já oferece, nos EUA, o serviço de impressão 3D para seus clientes, aproveitando sua grande estrutura de lojas espalhadas pelo país.
O impacto para cadeia de suprimentos é significativo. Inicialmente não haveria necessidade de manter altos níveis de estoque ao longo da cadeia. Outra mudança seria na forma como os produtos são distribuídos: como os centros produtivos poderiam estar localizados mais próximos dos clientes finais, a distribuição passaria a ser local e não de longa distância.
Claro que essas iniciativas de customização da produção ainda estão em estágio inicial, muito restrito a fase de prototipagem e a apenas alguns tipos de produtos, mas já é possível encontrar empresas de setores como o automotivo e aeroespacial que já utilizam a impressão 3D em seus processos produtivos usando peças 100% impressas na montagem de seus produtos finais.
Vale ficar de olho nessa nova tendência!
Referências
<http://gelookahead.economist.com/3d-printing-will-disrupt-manufacturing/>
<http://documents.aeb.com/brochures/en/aeb-white-paper-3d-printing.pdf>