A automação virou sinônimo de produtividade e eficiência no atual mundo dos negócios altamente competitivo. O Cesar Lavalle já explorou previamente diversos impactos desse movimento para a logística, e o tema será amplamente tratado no 23º Fórum Internacional de Supply Chain em setembro de 2017, discutindo inovações, robotização e automação na logística.
Um dos pontos cruciais deste tema, entretanto, é que uma empresa extremamente automatizada pode não necessariamente se traduzir em uma empresa com menores custos e/ou maior faturamento. Para diversos processos o toque humano aliado a automação das máquinas ainda se faz fundamental para otimizar as operações: é a chamada autonomação.
Figura 1 – Armazém altamente automatizado na indústria de bens de consumo
Figura 2 – Pick-It-Easy Robot, da empresa Knapp
A autonomação é a busca pela harmonia entre a agilidade e rapidez das máquinas com a sensibilidade humana. Frequentemente processos projetados para serem automatizados não enxergam de antemão todas as variáveis que podem influenciar sua eficiência, dando origem à necessidade da habilidade humana para lidar com improvisos e dados imperfeitos.
Foi o caso por exemplo do PayPal e seu sistema antifraude. Inicialmente com valores substanciais de perdas com fraudes em transações, a empresa decidiu investir em um sistema de verificação de transações altamente automatizado. No entanto, os estelionatários sempre encontravam um meio de burlar os algoritmos antifraude desenvolvidos e constantemente atualizados pela empresa. A solução encontrada foi simplificar o algoritmo para apenas sinalizar transações suspeitas e repassá-las para analistas humanos realizarem a investigação mais profundamente. Os resultados foram claramente satisfatórios.
Outros exemplos de autonomação mais ligados à manufatura ocorrem desde o advento do Toyotismo na década de 70. Fábricas e armazéns repletos de robôs e sistemas nunca dispensaram o olhar humano para detectar anormalidades, interromper a operação, corrigir o problema e instalar uma correção automática para eventuais problemas semelhantes futuros. Tanto nas fábricas quanto nos serviços a habilidade das máquinas para gerar resultados de forma ágil é análoga à habilidade humana para improvisos e correções não programadas.
E a sua empresa, tem um nível de automação ótimo para atingir os melhores resultados possíveis? Acertar o ponto ideal entre o 100% automatizado e o 100% humano é fundamental para os objetivos estratégicos de qualquer empresa.
Se você se interessa por este tema, não deixe de participar do 23º Fórum Internacional de Supply Chain de 19 a 21 de setembro de 2017. Nos encontramos lá.
Referências:
http://www.scdigest.com/experts/DrWatson_17-05-23.php?cid=12463
https://ilos.com.br/web/transformacao-digital-do-supply-chain/