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Agilizando a automação na armazenagem com redes mesh

A demanda por automação nos armazéns tem crescido exponencialmente à medida que as empresas buscam otimizar suas operações, aumentar a eficiência e reduzir custos. Com o advento da Logística 4.0, os armazéns estão se transformando em centros altamente tecnológicos, onde robôs, sensores e sistemas automatizados trabalham em harmonia para agilizar processos logísticos.

Para atender a essa demanda, uma grande quantidade de dispositivos e tecnologias é necessária. Robôs autônomos, drones, esteiras motorizadas, sistemas de gerenciamento de inventário por RFID e muitos outros dispositivos compõem a infraestrutura dos armazéns automatizados modernos. No entanto, a integração eficiente desses dispositivos apresenta desafios, especialmente quando se trata de comunicação e conectividade.

A latência na comunicação entre os dispositivos pode ser um obstáculo significativo para a eficiência operacional. Em um ambiente de armazém, atrasos na transmissão de dados podem levar a erros de coleta, atrasos na entrega e até mesmo a danos nos produtos e acidentes. 

Essa necessidade de comunicação rápida se torna mais crítica quando falamos de equipamentos velozes e que compartilham trajetórias em espaços densos, como é o caso de shuttles, pequenos robôs que percorrem trilhos suspensos no estoque de forma rápida para movimentar produtos. Um atraso, ainda que na ordem de poucos segundos, na instrução de um equipamento pode embarreirar o deslocamento de outro, ou mesmo causar uma colisão. Tais riscos limitam o set-up inicial possível para essa operação, limitando sua produtividade. 

Aqui é onde entram as vantagens de uma rede do tipo mesh, que é uma arquitetura de rede em que cada dispositivo está conectado a vários outros dispositivos, formando uma malha de comunicação, o que difere de uma rede comum em que os dispositivos estão conectados a um hub central. Isso significa que os dados podem ser transmitidos de forma redundante por múltiplos caminhos, evitando pontos únicos de falha e reduzindo significativamente a latência.

Figura 1 – Esquema comparativo de redes tradicionais (baseadas em hub) e redes mesh. (Fonte: Elaboração própria)

No contexto de um armazém automatizado, uma rede mesh pode garantir uma comunicação rápida e confiável entre todos os dispositivos, desde os robôs de picking até os sistemas de controle de estoque. Essa redução da latência aumenta a eficiência operacional, permitindo que os dispositivos respondam mais rapidamente aos comandos e coordenem suas ações de forma mais eficaz. Isso se traduz em tempos de processamento mais curtos, menor tempo de espera e maior output de pedidos e movimentações. 

Além disso, uma rede mesh oferece escalabilidade e flexibilidade. À medida que novos dispositivos são adicionados ao ambiente do armazém, a rede pode se adaptar dinamicamente para acomodá-los, sem a necessidade de reconfigurações extensivas. Isso simplifica a expansão e a atualização da infraestrutura do armazém, garantindo que ele permaneça ágil e preparado para lidar com novas demandas.

Os benefícios podem ir além do interior do armazém. A mesma abordagem descentralizada é usada, por exemplo, na Starlink da Space X, que usa satélites como dispositivos interconectados para levar internet com menos latência até mesmo em áreas remotas, gerando maior conectividade entre diferentes instalações e ativos de transporte.

Em resumo, a demanda por automação está impulsionando a necessidade de comunicação rápida e confiável entre os dispositivos. Há ainda algumas barreiras, como os altos custo iniciais, mas o emprego de redes mais eficientes para diminuir a latência pode garantir que armazéns automatizados operem de forma mais eficiente, segura e escalável, se adequando para o futuro da logística.

Referências

Atua há 5 anos em projetos de consultoria em Logística e Supply Chain, possui experiências em empresas dos setores de bens de consumo, varejo e de alimentos e bebidas. Tipos de projetos já realizados: Sales & Operations Planning, Gestão de Estoques, Planejamento de Redes, Revisão de processos comerciais, Indicadores de logística e Gestão de transportes

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