Cada vez mais a tecnologia torna-se fundamental para garantir eficiência e agilidade em todo o processo de gerenciamento da cadeia de suprimentos. Esta tendência foi acelerada pelos choques provocados pela pandemia, que obrigou a uma reestruturação dos canais de atendimento, com aumento de complexidade e exigência de novos serviços logísticos.
Apresentamos no último dia 18/10, durante a abertura do 28º Fórum Internacional de Supply Chain, uma pesquisa inédita sobre o uso de tecnologia em Supply Chain no Brasil, trazendo o status da utilização de alguns dos principais sistemas e hardwares que vem sendo aplicados para melhorar a performance da cadeia de suprimentos, a partir da visão de 80 executivos sêniores das maiores empresas com operações no país.
Os resultados mostram que muitos sistemas e equipamentos estão ainda em estado embrionário de implementação no Brasil ou são focados em operações e indústrias específicas, enquanto outros já são bastante difundidos. Sistemas especializados para gestão das operações logísticas, como o TMS (Transportation Management System) e o WMS (Warehouse Management System), por exemplo, são utilizados por 76% e 87% dos respondentes, respectivamente, indicando que são tecnologias já consolidadas e usadas pela maioria das empresas.
Algumas tecnologias ganharam destaque nas respostas dos executivos, como o RFID (Identificação por Rádio Frequência), que já faz parte da rotina de quase metade (42%) das empresas, sendo direcionado, principalmente, para o rastreamento dos produtos nos armazéns. A visibilidade alcançada pelo RFID permite, ainda, que as empresas utilizem as informações disponíveis sobre os seus produtos e as compartilhem com os seus clientes.
A pesquisa do ILOS também revela que ainda há um longo caminho para o uso de tecnologias avançadas, como Realidade Virtual e veículos autônomos, que possuem um baixo índice de adoção, sendo utilizados por 16% e 6% das empresas respondentes, respectivamente. O gráfico abaixo mostra a utilização atual e a disposição de investir mais em uma determinada tecnologia nos próximos anos.
Figura: Utilização atual das tecnologias e a disposição de investir mais em nas tecnologias nos próximos anos. Fonte: ILOS
A partir destes resultados, fizemos algumas análises de clusterização para tentarmos depreender os estágios de evolução das diversas tecnologias e ajudar as empresas com um roadmap de digitalização do Supply Chain, que iremos apresentar em um próximo post. Até lá!
Leonardo Julianelli
https://ilos.com.brSócio Executivo do ILOS. Graduado em Engenharia de Produção pela EE/UFRJ, é Mestre em Administração de Empresas pelo COPPEAD/UFRJ com extensão na EM Lyon, França, e doutor em Engenharia de Produção na COPPE/UFRJ. Tem diversos artigos publicados em periódicos e em revistas especializadas, sendo um dos autores do livro: “Previsão de Vendas: Processos Organizacionais & Métodos Qualitativos e Quantitativos”. Suas áreas de pesquisa são: Planejamento da Demanda, Serviço ao Cliente no Processo Logístico e Planejamento de Operações. Atuou durante 8 anos no CEL-COPPEAD/UFRJ, ajudando a organizar a área de Ensino em Logística. Em consultoria, realizou diversos projetos na área de logística, como Diagnóstico e Plano Diretor, Previsão de Vendas, Gestão de Estoques, Planejamento da Demanda e Plano de Capacitação em empresas como Abbott, Braskem, Nitriflex, Petrobras, Promon IP, Vale, Natura, Jequití, entre outras. Como professor, ministrou aulas em empresas como Coca-Cola, Souza Cruz, ThyssenKrupp, Votorantim, Carrefour, Petrobras, Vale, Via Varejo, Furukawa, Monsanto, Natura, Ambev, BR Distribuidora, ABM, International Paper, Pepsico, Boehringer, Metrô Rio, Novelis, Sony, GVT, SBF, Silimed, Bettanin, Caramuru, CSN, Libra, Schlumberger, Schneider, FCA, Boticário, Usiminas, Bayer, ESG, Kimberly Clark e Transpetro, entre outras.
