Inaugurado há quase 80 anos, o Porto de Paranaguá é um dos principais destinos dos grãos produzidos no País. Hoje, 70% de tudo que é movimentado no complexo portuário está relacionando ao agronegócio. E foi exatamente esse setor que ajudou a reduzir a nota média atribuída pelos usuários ao porto, segundo os dados do Instituto Ilos. Na média, o setor de agronegócio deu nota 6,54 para Paranaguá. Ao lado de Salvador, o porto amargou a pior
colocação entre outros 12 portos.
A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina não concorda com o ranking e diz que apresenta os melhores indicadores de performance na área. “Temos um programa chamado Porto no Campo, em que visitamos as regiões produtoras a cada 60 dias para ouvir as dificuldades e analisar que medidas que podemos tomar”, diz o diretor-presidente da Appa, Luiz Henrique Dividino, questionando a pesquisa do Ilos.
Além disso, ele afirma que o porto não registra filas de caminhões nas rodovias há três anos e que reduziu o tempo de espera para atracação de navios na exportação de granéis de 60 para 10 dias”, diz o executivo.
Segundo Dividino, na importação, os valores pagos em demurrage – multa aplicada pelo armador ao cliente pelo atraso na devolução do contêiner – caíram 42%.
Ele afirma ainda que, desde 2011, a administração está investindo mais de R$ 520 milhões, com recursos próprios, na reforma e recuperação de berços para aprofundamento do cais, dragagem e aquisição de equipamentos. “É o maior investimento de uma autoridade portuária com recursos próprios.”
Dividino destaca que, no momento, Paranaguá aguarda a liberação de novos empreendimentos que deverão ser implementados pelo programa de concessão da Secretaria de Portos – que está travado sem aprovação do Tribunal de Contas da União.
Fonte: O Estado de S. Paulo
Por: Renée Pereira