O nível geral de desenvolvimento logístico encontrado nas empresas brasileiras é de 65%, o que indica que estas estão com um nível intermediário de avanço de sua operação logística. O grau de desenvolvimento varia segundo o setor da economia em que a empresa se encontra e é resultado de uma pesquisa realizada recentemente pelo ILOS, cuja íntegra está no Panorama ILOS “Benchmarking Logístico entre Grandes Indústrias no Brasil”.
Figura – Nível de desenvolvimento logístico das empresas brasileiras
Fonte – ILOS
O nível de especialização em logística de uma empresa é influenciado por características do segmento no qual ela se encontra. A grande quantidade de SKUs faz com que as empresas dos segmentos Alimentos, Bebidas, Farmacêutico e Higiene, Limpeza e Cosméticos tendem a investir mais em logística, principalmente em atividades como planejamento da demanda, armazenagem e gestão de estoques. A pulverização dos clientes pelo território nacional é outro fator importante, exigindo das empresas desses setores foco também em Transportes.
Por outro lado, as empresas do Agronegócio trabalham com poucos itens, em grandes volumes e com menos pontos de entrega, exigindo operações menos complexas do que as de setores de bens de consumo. Em consequência, as empresas do Agronegócio aparecem no estudo como as que têm muito a Desenvolver em logística. Esse segmento ainda é bastante afetado pela deficiência brasileira em termos de infraestrutura logística, que, por vezes, impede soluções logísticas mais elaboradas, mas que reduziriam os custos logísticos.
Baseado no clássico modelo proposto por Copacino, o modelo utilizado pelo ILOS para identificação do grau de desenvolvimento logístico de uma empresa é dividido em quatro níveis – Estratégico, Estrutural, Funcional e Suporte/Habilitador – que reúnem frentes como Estratégia de Serviço, Rede Logística, Transporte, Armazenagem, dentre outros. Ele se baseia na premissa de que, para alcançar os objetivos da companhia, é necessária uma infraestrutura de rede logística adequada e que garanta o atendimento da estratégia de serviço traçada pelos executivos, ao menor custo possível. Essa estrutura será eficiente com a execução correta de atividades estruturais como armazenagem, transporte e gestão de estoques, com o suporte de habilitadores, como uma estrutura organizacional adequada, por exemplo.