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Como controlar os gastos com transporte e a importância do benchmarking

A representatividade do custo de transporte nas grandes empresas brasileiras gira em torno de 60% do custo logístico. Essa elevada participação do transporte nos custos faz com que as empresas acompanhem regularmente os valores de frete que estão sendo pagos a seus terceiros. Um KPI bastante monitorado é o gasto total com transportes, valor realizado versus o valor orçado. Se esse indicador inicia uma tendência de aumento, acende-se a luz amarela com o questionamento por parte da gestão se os valores pagos estão alinhados com o que o mercado está praticando.  

Uma das alternativas que muitas empresas adotam nessa hora é a realização de um novo processo de seleção de transportadores regulares. Entretanto, de nada adianta um excelente processo e negociação com os transportadores se os outros custos de serviços logísticos e SLAs não estão bem alinhados e não são considerados na conta. A consequência disso é uma excelente contratação do preço de frete em si, mas que, no final do mês, descobre-se que o valor total da conta de transporte como um todo está acima do orçado.  

E por que isso acontece? Os primeiros sinais de que algo está errado é o elevado “No show”. Ele Quando o transportador sinaliza que não tem veículo disponível para sua empresa ou simplesmente não aparece no dia e horário combinado, é porque, para ele, o custo-benefício de atender a empresa já não está tão atrativo assim.  

Nesse momento, a empresa contratante do frete fica limitada a basicamente duas opções: contrata spot por um preço mais alto ou aceita que haverá atraso na entrega. Na maioria das vezes, a escolha é a primeira opção, não importando muito o quanto a mais isso irá custar, seja o que for é melhor do que deixar o cliente na mão. Estimavas do ILOS apontam que a contratação de spot chega a custar até 25% a mais do que o valor contratado, dependendo da época do ano e do perfil da entrega.

Outro ponto importante a ser mapeado são os valores gastos com serviços logísticos de transporte. Quando falamos de transporte de carga fechada, alguns destes serviços são: veículo dedicado, paletização e agendamento. Este último, aliás, é cada vez mais incorporado pelos transportadores como algo que faz parte do frete, não sendo, portanto, um serviço adicional. Quando o frete é fracionado, outras taxas também costumam ser aplicadas, como taxa de restrição de trânsito, taxa de dificuldade de entrega, reentrega, devolução, dentre outras. 

Saber, com precisão, o quanto se gasta com esses serviços logísticos e, principalmente, se faz sentido gastar, é de suma importância em uma negociação de transporte. Não é raro, nos projetos em que o ILOS realiza para grandes empresas, encontrarmos entregas saindo com menos de 1 palete em veículos dedicados ou empresas que pagam por paletização em volumes inferiores a meio palete.  

Vale ficar atento também se os custos apresentados pelos transportadores estão dentro do que seria o custo padrão de operação. Valores muito abaixo do should cost tendem a ser insustentáveis. As exceções, em geral, são para as rotas de frete retorno, nas quais a demanda da ida é muito superior à da volta. Daí, pouco tempo depois da assinatura do contrato, vem o transportador pedindo reajuste e aquele saving que você reportou internamente desaparece. 

O mundo ideal é quando a sua empresa, além do bid e do should cost, consegue ter informações de valores praticados pelo mercado. Saber o quanto o mercado tem pagado por rotas e perfil de entregas semelhante ao da sua empresa aumenta sua visibilidade e o seu poder de negociação. 

Com essas três informações em mãos, o gestor da conta frete estará mais bem embasado e preparado, ficando mais fácil e assertiva a tomada de decisão e a negociação do frete.  

O ILOS realiza um benchmarking de preços de frete rodoviário praticado pelas maiores empresas do Brasil. Caso tenha interesse em participar e comparar os preços pagos pela sua empresa com os preços de outras empresas no Brasil, convido você para conhecer o nosso Painel de Fretes.

 

 

https://ilos.com.br

Monica Barros é Sócia Gerente do ILOS. Possui mais de 20 anos de experiência na área de Logística, atuando em empresas como Shell, Ambev e White Martins. Em consultoria, já participou de diversos tipos de projetos, incluindo Planejamento Estratégico, Desenvolvimento de Redes Logísticas, Gestão de Transporte, Identificação de Oferta e Demanda.

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