Perdas relativas à falta de segurança nas operações são bastante representativas em empresas de diversos setores do país. A Monica Barros já comentou no início do ano que o Brasil é considerado o sexto país com maior risco para o transporte de carga, algo que impacta consideravelmente o preço do frete. Entretanto, o roubo de cargas é apenas uma das possíveis perdas por falta de segurança na cadeia de suprimentos, além de furtos, ataques cibernéticos e pirataria, por exemplo. É importante frisar que independentemente da localização da empresa na cadeia, toda e qualquer perda por falta de segurança impacta diretamente o cliente final e, por consequência, todos os elos envolvidos em sua cadeia de suprimentos. Assim sendo, como cada empresa pode individualmente tentar minimizar esses prejuízos?
É importante sempre alinhar o plano de segurança com o tipo de operação realizada pela empresa. Um varejista de loja física, por exemplo, tem os furtos, tanto a partir de clientes quanto de funcionários, como principais vilões em termos de segurança, tendo investimentos em sistemas de vigilância interna como mais adequados para diminuírem esse tipo de perda. Já varejistas de e-commerce e distribuidores sofrem consideráveis perdas com roubo de carga nas estradas, e em alguns casos também ataques cibernéticos. Assim sendo, investimentos em escoltas armadas e segurança digital são mais apropriados.
Todavia essas perdas por falta de segurança podem ser minimizadas, mas jamais chegarão a zero. Sempre haverá um ponto ótimo entre o total investido e o total de prejuízos evitados. Dessa forma, é de fundamental necessidade que todos os investimentos em segurança sejam acompanhados de um plano de gestão de riscos para a rotina de operação, que leve em consideração a magnitude das possíveis perdas e respectivas iniciativas de segurança. Seguros de cargas e/ou escolta armada somente para cargas acima de determinado valor são exemplos desse tipo de iniciativa.
A verdade é que, por muitas vezes, despesas com segurança são vistas como custos e não como investimentos. Despesas desse tipo bem alocadas podem gerar retornos financeiro consideráveis com a minimização das perdas de estoque, além de constituir uma vantagem competitiva robusta frente aos concorrentes.
E a sua empresa, possui um plano de segurança e gestão de riscos alinhados às necessidades do negócio? A segurança de uma cadeia de suprimentos é tão forte quanto a de seu elo mais fraco.
Referências
<http://www.scdigest.com/experts/Holste_17-09-27.php?cid=13069>
<https://ilos.com.br/web/roubo-de-carga-e-o-impacto-no-custo-de-transporte/>