Vamos começar com uma pergunta simples: “O que é logística? ”
Muitas pessoas têm dificuldade de dar uma definição concreta para o termo e na maioria dos casos as respostas se restringem as áreas mais tradicionais como transporte, armazenagem e estoque, entre outras.
Já vimos em outros posts que “logística” é algo mais amplo e está presente e/ou se relaciona com os mais diversos setores e atividades, como tecnologia e entretenimento. Gostaria de trazer uma outra aplicação da logística e de como esta pode impactar a vida das pessoas de maneira positiva, auxiliando na redução da mortalidade infantil em regiões de extrema pobreza, por exemplo.
Um problema que atinge diversas crianças na Zâmbia, África, é a desidratação resultante de casos severos de diarreia, em razão da grande dificuldade de fazer com que o medicamento apropriado chegue à região. Entretanto, é possível encontrar Coca-Cola em quase todos os lugares do planeta, inclusive nesse local. A pergunta que foi feita por algumas pessoas envolvidas com a causa em 2008 foi: se a Coca-Cola consegue entregar seus produtos, porque não pegar uma carona e entregar remédios?
Foi assim que surgiu a ColaLife, uma organização sem fins lucrativos que iniciou suas atividades como um projeto: utilizar a rede de distribuição da Coca-Cola para levar kits com remédios básicos, como suplementos de zinco e soluções para hidratação a regiões de difícil acesso.
A ideia é simples: são montados kits em embalagens desenvolvidas especialmente para serem transportadas junto com os refrigerantes, aproveitando espaços vazios entre as garrafas nos famosos caixotes vermelhos.
A iniciativa recebeu o apoio de outras empresas como Johson&Johnson, Janssen EMEA e Honda, além do apoio de países como Reino Unido e Canadá.
Vídeo 1 – The Cola Road
Fonte: Claire Ward
Casos de como uma logística eficiente pode ser utilizada a serviço de causas humanitárias são encontrados em diversos lugares e momentos. Pode-se citar as grandes mobilizações em situações de desastre, como terremotos e desabamentos, que buscam garantir que mantimentos básicos cheguem a populações isoladas ou desabrigadas. Ou ainda, imagine o enorme desafio dos profissionais da organização Médicos Sem Fronteiras, por exemplo, que devem garantir que os poucos recursos disponíveis cheguem de forma rápida e eficiente a ambientes muitas hostis, permitindo o tratamento de pacientes com diferentes níveis de complexidade.
Estes são apenas alguns exemplos de como gerir as operações de forma eficiente pode fazer a diferença na vida de muita gente.
Referências