O desejo do consumidor de receber o quanto antes a sua encomenda feita pela internet vem fazendo com que as maiores varejistas do mundo travem uma guerra para ver quem é mais produtivo e garante entregas mais rápidas. Sétima maior empresa de varejo em receitas no globo, o grupo Alibaba vem investindo, a partir da sua própria empresa de logística, a Cainiao, na digitalização não apenas das entregas, mas dos centros de distribuição, equipamentos, veículos de transporte e equipamentos de armazenagem para aperfeiçoar o seu serviço de entregas.
Fora dos seus muros, o Alibaba atualmente é acionista de quatro transportadoras na China, além da Cainiao. A intenção é não apenas viabilizar as entregas em 24 horas no território chinês e em 72 horas para o resto do mundo, mas também se preparar para um futuro no qual imagina fazer até 1 bilhão de entregas por dia. Além de se tornar mais eficiente, a empresa espera, com as novas medidas, reduzir também os seus custos logísticos. Atualmente, o Alibaba processa 100 milhões de pacotes diários e já conseguiu reduzir de 70 dias para 10 dias o prazo de entregas da China para alguns países.
Vídeo 1: Robôs em armazéns do Alibaba Group para aumentar a produtividade
Essa necessidade dos clientes em receber os pedidos de maneira cada vez mais rápida e de modo que seja rastreável por toda a cadeia tem feito com que as concorrentes invistam em entregas expressas para competir com o Alibaba Group. A JD por exemplo, criou um parque logístico com a tecnologia 5G para que aumente a eficiência em toda a sua cadeia e consequentemente melhore o nível de serviço. Porém as entregas expressas são em uma menor escala do que no Alibaba Group, sendo restritas apenas às grandes cidades como Beijing, Shanghai e Guangzhou.
Nos EUA, um país também de dimensão continental, a Amazon tem investido também para diminuir o tempo de entrega com a construção de centros de distribuição urbano (https://ilos.com.br/web/a-nova-tendencia-de-armazens-da-amazon/), bem mais próximo do cliente final. Entretanto, as entregas expressas estão restritas a apenas alguns produtos selecionados que estão dentro de sua própria cadeia e em alguns casos mediante pagamento de uma taxa extra de frete, que pode variar de acordo com o valor do produto comprado ou se é ou não assinante do “Amazon Prime” [7].
Além dos EUA, a Amazon está em outros mercados no mundo, como no Brasil, onde atua de uma maneira ainda mais tímida na entrega expressa. O modelo de entrega expressa no Brasil é de até 2 dias e apenas em algumas das grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Curitiba [8].
A dúvida que fica é se o modelo da Cainiao é possível de ser replicado também no Brasil de modo que todo território consiga ser atendido em até 24 horas e se a Amazon conseguirá atingir a eficiência que possui nos EUA para que as entregas sejam realizadas cada vez mais rápida, mesmo que isso tenha algum custo associado.
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Fontes:
[1]https://fortune.com/2018/05/29/chinese-brands-alibaba-tencent-brandz/
[3]https://www.alibabacloud.com/customers/Cainiao
[4]http://innovationinsider.com.br/60-robos-operam-o-centro-de-distribuicao-do-alibaba-vale-ver/
[5]https://www.zdnet.com/article/jd-com-unveils-5g-smart-logistics-site/
[6] https://ilos.com.br/web/a-nova-tendencia-de-armazens-da-amazon/
[7]https://www.amazon.com/gp/help/customer/display.html?nodeId=201910880