O que acontece quando a Diretoria Financeira da empresa define que vai reduzir a necessidade de capital de giro, e que para isso será necessário reduzir os estoques, sem consultar a equipe de planejamento e operações?
Decisões como essa acontecem a todo momento, como indicado na Figura 1, especialmente em períodos em que o custo de capital está mais elevado. Muitas vezes, independentemente desta decisão não avaliar o risco de a empresa perder vendas no curto prazo, ou potencialmente desequilibrar a relação entre o custo da falta e custo do excesso.
O ILOS realizou recentemente uma pesquisa com grandes indústrias e ouviu muitos depoimentos como: “Reduzimos o estoque pela metade. A diretoria tomou esta decisão, pois estava comprometendo o capital de giro”.
Figura 1 – % de respostas da pesquisa realizada pelo ILOS com grandes indústrias do Brasil
Fonte: Panorama ILOS – Supply Chain Finance 2015
Em momentos de crise financeira e inflação elevada, resultando na elevação das taxas de juros e queda nas vendas, como vivemos no Brasil atualmente, aumenta a necessidade de reduzir os níveis de estoques. O desafio é como fazer isso sem afetar a disponibilidade dos produtos, o que só é possível com o envolvimento de todas as áreas.
A boa notícia é que a maior parte das empresas tem grandes oportunidades de redução de estoques, sem aumento da ruptura, apenas aprimorando seus processos de previsão de vendas, reformando seus relacionamentos com fornecedores e revendo a parametrização do custo de falta e custo de excesso neste novo cenário.
Referências
Panorama ILOS: Supply Chain Finance – Como o Supply Chain pode contribuir no planejamento financeiro das empresas – 2015, disponível em:
<https://ilos.com.br/web/analise-de-mercado/relatorios-de-pesquisa/supply-chain-finance/>