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Precisão no Planejamento: O Cálculo dos Indicadores para a Eficiência Operacional

Contextualização

Uma das áreas mais importantes dentro do segmento de logística de uma empresa é a área responsável pelo planejamento. Essa área possui como uma de suas principais atribuições a centralização de informações vindas de demais áreas, como a previsão de vendas e a estimativa de capacidade produtiva. Com esses dados em mãos, são oficializados os planejamentos de produção, de recebimento de matéria-prima e até mesmo de entrega ao cliente.

O planejamento, quando realizado de forma eficiente, permite à organização atender à demanda com maior organização, reduzindo os custos associados à falta ou ao excesso de produtos. Isso contribui diretamente para ganhos financeiros e maior competitividade no mercado.

Tipos de indicadores

Desta forma, torna-se essencial o controle e a medição recorrente dos indicadores que envolvem o processo de planejamento. Isto é, é fundamental contrapor as previsões realizadas com os valores reais, apurados após as oficializações. Nesse contexto, surgem três conceitos amplamente utilizados no acompanhamento de indicadores: Acuracidade, Aderência e Viés.

Acuracidade

A Acuracidade trata-se da capacidade de uma previsão em refletir com exatidão os valores reais apurados. Esse indicador mede o quão próximo o planejamento está da realidade, sendo crucial para avaliação da qualidade dos dados de entrada e do modelo preditivo utilizado. A acuracidade pode ser medida por meio da fórmula conforme a seguir.

Fórmula 1: Cálculo do Indicador de Acuracidade. Fonte: ILOS

A acuracidade admite valores entre 0 e 100%, onde valores próximos a 100% indicam que a previsão realizada retratou muito bem a realidade. Por sua vez, valores sobretudo abaixo de 50% indicam que a previsão realizada apresentou baixa acuracidade.

Aderência

A Aderência, por sua vez, refere-se ao grau de cumprimento de um planejamento em relação àquilo que foi oficialmente definido. Esse indicador analisa se os processos internos e operacionais estão alinhados com o que foi planejado, medindo, por exemplo, o percentual de execução do planejado versus o realizado. A aderência pode ser calculada pelo percentual de realização, conforme a seguir.

Fórmula 2: Cálculo do Indicador de Aderência. Fonte: ILOS

A aderência admite apenas valores positivos, onde valores próximos a 100% indicam que o plano esteve próximo a realidade. Além disso, por admitir valores acima de 100%, é possível analisar através da aderência se o valor real foi superior ou inferior a realidade. Vale ressaltar que, valores acima de 100%, não necessariamente indicam um resultado benéfico, uma vez que o planejamento não correspondeu a realidade, podendo trazer impactos negativos à empresa como excesso de custos e sobrecarga de recursos.

Viés

Por fim, o Viés refere-se à direção sistemática dos erros de previsão, indicando se as estimativas têm tendência a superestimar ou subestimar os resultados reais. Um viés positivo indica superestimação (planejando mais do que o necessário), enquanto um viés negativo indica subestimação. Ele pode ser medido pela média do erro percentual, conforme a seguir.

Fórmula 3: Cálculo do Indicador de Viés. Fonte: ILOS

O Viés admite valores entre -100% e 100%, onde valores próximos a 0% indicam um equilíbrio ou ausência de erros. 

Relação entre indicadores

Por indicar a capacidade de uma previsão em refletir com exatidão os valores reais apurados, sem o indicativo se os eventuais erros foram de superestimar ou subestimar a realidade, o indicador de Acuracidade é comumente acompanhado da Aderência ou do Viés. Esses, por sua vez, possuem interpretações similares e, a depender do contexto da organização, um é escolhido em detrimento do outro. 

Caso o foco da empresa seja analisar especificamente o erro do planejamento, a utilização do Viés é a mais indicada. No entanto, quando a empresa deseja analisar a relação entre o planejamento e a realização, deve-se optar pela Aderência.

Horizontes de planejamento

Com a definição dos indicadores que serão calculados, é necessário registrar os valores das projeções, que serão posteriormente comparados ao valor real. 

A medição dos indicadores ao longo de diferentes horizontes temporais é essencial para avaliar a evolução e a precisão do planejamento. Um modelo comumente utilizado é a avaliação em três períodos: M-6, M-3 e M-1, onde “M” representa o mês da oficialização e as previsões realizadas com seis, três e um mês antes do mês de referência.

Essa análise sequencial permite que a organização avalie a qualidade das previsões ao longo do tempo e identifique oportunidades de melhoria, ajustando processos para reduzir inconsistências e maximizar a eficiência operacional.

Conclusão

Em um cenário cada vez mais competitivo, não basta apenas planejar – é preciso planejar com precisão. A medição constante e a análise dos resultados permitem às empresas não só ajustar suas operações, mas antecipar desafios e explorar novas oportunidades. Ao alinhar o planejamento com a realidade, é possível transformar incertezas em vantagens estratégicas, reduzindo custos, otimizando recursos e garantindo maior competitividade no mercado.

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