Fonte: Valor Econômico
Após a grande transferência de ativos logísticos para a iniciativa privada nas últimas duas décadas – principalmente no governo de Jair Bolsonaro -, o país tem diante de si agora o desafio de encontrar novas maneiras de captar recursos para renovar e ampliar a infraestrutura de transportes, apontam especialistas. Paulo Resende, coordenador do Núcleo de Infraestrutura da Fundação Dom Cabral (FDC), nota que o programa de privatizações brasileiro foi o maior de todos os países nesse período, garantindo a modernização de rodovias e aeroportos do país, por exemplo, mas sem ajudar na conservação das malhas rodoviária e ferroviária em geral. Maurício Lima, do Instituto de Logística e Supply Chain (llos), estima que a depreciação dos ativos logísticos do Brasil já esteja por volta de R$ 100 bilhões, “depois de anos em que o governo investiu apenas 0,1% do PIB na estrutura de transportes, quando deveria investir vinte vezes mais”.